O fragmento de ruído com duração de 3,5 segundos foi gravado pela primeira vez no período entre o outono de 2014 e a primavera de 2015 por um veículo autônomo que recolheu dados acústicos na fossa das Marianas, o lugar mais profundo até hoje descoberto no Oceano Pacífico.
Passados muitos meses de especulação, uma equipe de cientistas concluiu que o som é de origem biológica.
"Os sons com os quais estamos lidando aqui não são parecidos com as fontes humanas até hoje conhecidas, tais como os produzidos por navios ou pistolas de ar comprimido", diz-se no comunicado publicado pelo grupo de pesquisadores.
"Os ruídos também não se parecem com fontes geofísicas, ou seja, nem com os sons de baixa frequência produzidos por terremotos, gelo, nem com os sons do vento ou chuva… Temos uma teoria de que estes sons sofisticados são produzidos por alguma espécie biológica."
"A estrutura complexa do som Western Pacific Biotwang, seu registro de frequência, caráter metalizado na parte final são muito parecidos com as características do som emitido pela baleia-anã minke, mostrada no filme Star Wars", afirmam os cientistas.
Há quem diga que tal tipo de vocalizações lembra o som das armas de pequeno calibre fictícias, denominadas de detonadores, mostradas nos filmes Star Wars.
The Minke Whale (Balaenoptera acutorostrata) is the second smallest baleen whale pic.twitter.com/UN5ttiPa1u
— vicente gonzalez (@herrerillo) 30 de novembro de 2016
Mas o que destaca o som Western Pacific Biotwang dos outros é que ele foi registrado várias vezes ao longo do ano, sendo que os sons de convites ao acasalamento das baleias normalmente se ouvem apenas durante o Inverno, destacou Sharon Nieukirk, um dos especialistas da Universidade Estatal do Oregon.
Se se verificar que o som é na verdade emitido por baleias, será necessário entender seu propósito, dizem os pesquisadores.