Bana al-Alabed, que ficou conhecida como a "Anne Frank de Aleppo" (garota judia conhecida por escrever um diário que relava os horrores da Segunda Guerra Mundial), escapou com os irmãos Noor e Mohammad, de 3 e 5 anos. Postagens em redes sociais mostraram a garota fora da cidade nesta segunda (19), posando com trabalhadores humanitários.
7-year-old Bana Alabed @AlabedBana, forced to leave her home after telling world of Aleppo's suffering, has finally arrived to safety. pic.twitter.com/Ag6LzE9rgr
— هادي العبدالله Hadi (@HadiAlabdallah) 19 de dezembro de 2016
O resgate de Bana também foi confirmado pelo presidente da Sociedade Médica Síria (SAMS) Ahmad Tarakji. A mãe dela, Fatemah, ex-professora de inglês que estudou direito, política e jornalismo antes do início da guerra, administra a conta do Twitter do Bana, que tem mais de 300 mil seguidores.
Acusações de propaganda
Ao longo dos três meses em que a conta de Bana foi ativada, ativistas pró-governo na Síria acusaram os posts de "fraude" e "propaganda". O ativista pró-governamental Maytham al Ashkar, que atualmente mora em Beirute, mas viaja frequentemente a Damasco e Aleppo, entrou em contato com Bada por via Twitter em 27 de novembro para lhe propor a sua evacuação junto com toda a família.
Na conversa, Ashkar dizia "tudo estava preparado para a evacuação da sua família (de Bana)". Al Ashkar também assegurou que estariam presentes meios de comunicação e das autoridades locais para garantir a segurança da menina. O contato foi feito em árabe, mas quem escrevia para a menina rapidamente mudou a conversação para o inglês.
"A menina é apenas um rosto, uma ferramenta usada pela inteligência britânica. Há uma estreita relação entre a conta de Bana e os Capacetes Brancos, que são financiados e patrocinados pelo Reino Unido", acusou Al Ashkar.