Em particular, entre os que se manifestam a favor da retirada das sanções e fortalecimento das relações com Moscou está o candidato à presidência francesa, ex-primeiro-ministro, François Fillion.
"Acrescente a isso o flerte do presidente eleito Donald Trump com Putin e a posição comum dos EUA e UE pareceria pouco segura", destacou o autor.
"O tempo passa, mas a situação no leste da Ucrânia não muda muito, torna-se cada vez mais difícil prorrogar as sanções contra a Rússia. É difícil dizer qual será a situação daqui a seis meses, pois ainda sabe-se pouco sobre a nova administração norte-americana", disse à Bloomberg o pesquisador do Centro da política europeia em Bruxelas, Paul Ivan.
Segundo a agência, a esperança de mudanças radicais na polícia norte-americana está ligada à vitória pouco esperada de Donald Trump.
Muitos analistas estão seguros de que se Washington cancelar as sanções, a União Europeia não terá outra opção a não ser seguir o mesmo caminho. 40% dos economistas interrogados pela Bloomberg esperam que a União Europeia ponha um ponto final nas sanções contra a Rússia no mesmo prazo – nos próximos 12 meses.
"Se os EUA cancelarem as sanções, os países da UE não conseguirão atingir o consenso quanto à preservação das sanções na situação atual", disse à Bloomberg o economista da empresa IHS Markit, Charles Movit.
As relações entre a Rússia e o Ocidente deterioraram-se devido à situação na Ucrânia. Em julho de 2014, a UE e os EUA aplicaram sanções pontuais contra certos indivíduos e empresas da Rússia. Em seguida, foram postas em prática medidas restritivas em relação a setores inteiros da economia russa. Em resposta, a Rússia restringiu a importação de produtos alimentares de países que impuseram as sanções. Moscou tem afirmado repetidamente que não interfere no conflito interno ucraniano, defendendo a resolução pacífica do conflito.