"Do ponto de vista da situação internacional, a chegada ao poder de Donald Trump e o enfraquecimento do dogma pró-europeu, ou seja, o fim da superioridade da Alemanha no continente europeu, devem ajudar muito no estabelecimento de relações mais construtivas e equilibradas com a Rússia, em particular, sobre a questão do conflito sírio, mas também sobre todas as tensões já existentes", disse a candidata à presidência da França.
"Esta, certamente, será uma tarefa que colocarei na frente da diplomacia francesa, caso eu seja eleita presidente da França", acrescentou a candidata.
"Parece-me importantíssimo que a diplomacia francesa retome sua independência. Historicamente, a França sempre buscou fazer parte de um coro, onde ela assumisse papel importante. Eu sei que muitos países estão esperando o momento, quando a França encontrará sua voz individual, como na época do governo do general Charles de Gaulle. Precisamos deixar de nos submeter aos EUA, a quem obedecemos cegamente", disse Le Pen.
"Devemos pensar até onde é saudável para a França fazer parte deste sistema, mas, antes de tudo, precisamos entender quais são os planos de Donald Trump para a aliança. Em qualquer caso, para mim é óbvio que a OTAN não deve de forma alguma ameaçar a Rússia: a Guerra Fria acabou faz tempo", frisou Le Pen.