A acusação dos promotores, baseada na delação de três empresários, é de que a Odebrecht comprou, via outra empresa, um terreno que se destinaria à construção da nova sede do instituto. A construção, porém, acabou não se concretizando.
Diz a nota do Instituto Lula: "A Lava Jato reconhece, porque é impossível não reconhecer, que o terreno não é nem nunca foi do Instituto Lula ou de Lula. É o grau de loucura que a Lava Jato chegou na sua perseguição contra o ex--presidente. O imóvel pertence a uma empresa particular que lá constrói uma revenda de automóveis. Tem dono e uso conhecido. A Lava Jato acusa como se fosse vantagem particular de Lula um terreno que ele nunca recebeu, nem o Instituto", diz a nota.
Ouvido pela Sputnik Brasil, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) diz que o objetivo da Lava Jato é retirar o presidente Lula da disputa de 2018.
"Eles abriram vários processos e nenhum deles tem consistência. Falam do apartamento do Guarujá, mas não é dele; falam do sítio de Atibaia, não é dele; falaram do terreno do instituto (Lula), também não é do instituto; falaram de lobby em relação aos jatos suecos (Gripen, que venceram a licitação da FAB), o que foi uma escolha das Forças Armadas. Nenhum esses processos para de pé. A única que fica de pé e é clara é a intenção da Lava Jato de impedir a candidatura do Lula em 2018 que é hoje o candidato mais forte à presidência da República", diz o parlamentar.
Na opinião de Teixeira, eles estão tentando condená-lo na opinião pública e tentar criar um fato para o Judiciário condená-lo sem provas.
"Eles têm muita convicção e nenhuma prova. É a aliança da mídia com o Judiciário contra o presidente Lula. O povo começou a perceber que essa ação da Lava Jato foi para retirar uma presidente eleita para substituí-la por alguém que foi tirar o direito do povo. O povo começou a abrir os olhos e perceber o quão ruim para o povo foi esse processo, e agora começa a perceber abusos do poder judiciário. Essa situação do Lula demonstra o abuso judicial. Nenhum poder judiciário pode ser assim, com essa narrativa política."