General dos EUA: OTAN 'pode não sobreviver durante a presidência de Donald Trump'

© REUTERS / Mark KauzlarichPresidente eleito dos EUA Donald Trump
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As políticas do presidente eleito dos EUA Donald Trump podem prejudicar a confiança dentro da OTAN e dar golpe final contra a Aliança.

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O anúncio foi feito pelo ex-vice-comandante da OTAN e general britânico, Richard Shirreff.

Caso o novo presidente dos EUA "continue prejudicando a confiança da defesa coletiva, o que ele começou fazendo ainda como candidato, assim, a OTAN não irá sobreviver cinco anos", advertiu o general em entrevista à revista Politico.

Ao mesmo tempo, Shirreff enfatizou a importância do princípio da defesa coletiva da OTAN estipulado no Artigo 5 do Consenso de Washington.

"A coisa realmente assustadora de Trump é que, como ele disse, não necessariamente oferecer ajuda caso um membro da OTAN seja atacado", aponta o general.

Mas não é esse o receio principal do ponto de vista de Shirreff. A fraqueza da OTAN poderá fazer com que a Rússia aproveite a oportunidade para reconsiderar a ordem após a Guerra Fria.

Anteriormente, Shirreff publicou um livro intitulado "Guerra com a Rússia: aviso urgente do Supremo Comando Militar". Nessa obra, o general expôs o cenário no qual a Rússia invade a Ucrânia e os Países Bálticos, provocando o confronto militar direto com a OTAN.

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Em 20 de dezembro, a revista Foreign Policy ficou alarmada com a publicação do memorando no qual Trump traçou suas prioridades na área da defesa.

Shirreff destaca que o documento, além de combate ao terrorismo na Síria e no Iraque, abordou os contatos entre o Departamento da Defesa dos EUA e a equipe de transição de Trump sobre a China e a Coreia do Norte, mas a Rússia não foi mencionada na lista de prioridades.

Recentemente uma fonte diplomática próxima à OTAN revelou à agência RIA Novosti que os países da OTAN não têm ideia sobre as políticas de segurança transatlântica que Trump vai seguir.

Anteriormente, o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, informou que a Rússia não espera abandono imediato dos planos da expansão da Aliança durante a nova administração norte-americana.

Paul D. Shinkman, no seu artigo da US News&World Report, presta atenção ao que as intenções atuais de Trump em relação à Rússia estarão claras logo após a posse. Será que o novo presidente dos EUA reforçará presença militar norte-americana nos Países Bálticos em 2017 ou vai colocar em questão esses planos?

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