De acordo com a decisão do tribunal federal do Brooklyn, EUA, representantes de vários países latino-americanos estão envolvidos no escândalo de corrupção com a participação da Odebrecht, ao receber propina milionária dessa empresa. Trata-se de um montante equivalente a 439 milhões de dólares no período entre 2001 e 2016, sendo o México responsável pelo recebimento de 10,5 milhões de dólares.
Segundo o comunicado, "com base nas informações da mídia sobre o possível pagamento de propina pela Odebrecht e pela sua empresa afiliada BRASKEM a funcionários nos países de três continentes, incluindo o México, o Ministério de Serviço Estatal, através do seu departamento de contabilidade na coordenação com a petrolífera Pemex, iniciou a recolha de todas as informações disponíveis".
Em 21 de dezembro, o Departamento de Justiça dos EUA comunicou que a Odebrecht tentou garantir contratos em mais de 100 projetos nos países da Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela. Somente no Brasil, a Odebrecht admitiu o pagamento de cerca de US$ 349 milhões (R$ 1,16 bilhões) em propinas, entre os anos de 2003 e 2016.
O ex-presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro nas investigações da Lava Jato. Em suas delações, Marcelo Odebrecht citou nomes de políticos para quem fez doações da campanha, com origem ilícita.