Maioria dos russos não deseja reunificação da União Soviética

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A maioria dos russos não crê no restabelecimento da União Soviética, mas apoia ama nova união das antigas repúblicas soviéticas, de acordo com os resultados da pesquisa realizada em novembro pelo Centro de Investigação de Opinião Pública.

Conforme os resultados, a porcentagem dos russos que lamentam a queda da União Soviética, não mudou nos últimos dez anos: atualmente, representam 63% da população, já em 2006, 65%.

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"Com o tempo, os nossos cidadãos apoiaram mais a ideia do mantimento da União Soviética: em 2006 47% da população apoiavam, já em 2016, aumentou para 56%. No entanto, se a volta para a forma antiga de unificação das repúblicas, tanto em 2006 (69%), como agora (68%), é considerada quase impossível, a ideia da criação de uma união diferente, entre os mesmos países que integravam a União Soviética, está sendo apoiada por metade da população russa (52%)", diz-se na pesquisa.

O diretor das pesquisas científicas do Centro de Investigação de Opinião Pública, Mikhail Mamonov, opina que a atitude atual da população em relação à queda da União Soviética pode ser caraterizada como pragmatismo nostálgico.

"Por um lado, predominam as memorias positivas que apoiam a União Soviética e lamentam devido a sua queda, por outro lado, é percebida a presença do entendimento relacionado à impossibilidade de reunificação do Estado desintegrado. Tais estimativas possuem bases sérias. A idealização da União Soviética é evidente. O sistema foi claro para entendimento dos cidadãos comuns e as prioridades do Estado correspondiam às esperanças das pessoas. Além disso, a visão do futuro, que estava sendo criada naquela época, está sendo sentida pela maioria da população. Mas apesar da idealização, predomina-se o entendimento das diferenças nas antigas repúblicas soviéticas", afirmou Mikhail Mamonov.

A pesquisa do Centro de Investigação de Opinião Pública, realizado em 5 e 6 de novembro de 2016, no âmbito do projeto Monitor da Eurásia, foi efetuado em 130 cidades, localizadas em 46 regiões e repúblicas e em 8 distritos federais da Rússia. A pesquisa contou com a participação de 1.600 pessoas.

De que maneira mudou a atitude com relação à queda da União Soviética?

As mesmas pesquisas foram realizadas na Armênia, Moldávia e na Ucrânia no âmbito do projeto Opinião pública sobre a queda da União Soviética, realizado pela agência investigadora internacional Monitor da Eurásia.

Como revelou a sondagem, as antigas repúblicas soviéticas possuem atitudes diferentes quanto à queda da União Soviética.

"Se na Rússia e Moldávia a maioria (56 e 51 por cento, respectivamente) pensa que teria sido melhor evitar a queda da União Soviética, na Armênia e Ucrânia tal posição é apoiada por menos de um terço dos entrevistados — 26 e 30 por cento respectivamente", diz-se no comunicado.

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Nos últimos dez anos, a atitude quanto à queda da União Soviética está mudando. Enquanto na Rússia, a porcentagem de defensores da União Soviética aumentou nove pontos, na Ucrânia a porcentagem caiu 16 pontos. Na Armênia, a porcentagem não mudou e continua baixo.

Na Armênia e na Moldávia, a parcela da população que lamenta a queda da União Soviética é alta (56 e 50 por cento, respectivamente).  Esse índice é significativamente alto, se comparado ao da Ucrânia, onde a maioria da população não lamenta o que aconteceu.

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Na Armênia e na Moldávia, 45% dos entrevistados votariam a favor da reunificação das repúblicas em nova união com fronteira, parlamento, governo e moeda comuns. Já na Ucrânia, somente 19% concordaram com a ideia de reunificação.

Na Armênia, a pesquisa foi realizada pela Associação de Marketing da Armênia em novembro de 2016. Participaram 1.104 pessoas.

Na Ucrânia, a pesquisa foi realizada pela R&B Group (Research & Branding Group) dos dias 10 a 20 de dezembro de 2016. 1.803 pessoas participaram. A pesquisa abrangeu todas as divisões administrativas (exceto as regiões de Lugansk e Donetsk).

Na Moldávia, o Centre for Sociological Investigations and Marketing CBS-AXA realizou a pesquisa por telefone. 800 pessoas responderam o questionário.

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