Conforme os resultados, a porcentagem dos russos que lamentam a queda da União Soviética, não mudou nos últimos dez anos: atualmente, representam 63% da população, já em 2006, 65%.
O diretor das pesquisas científicas do Centro de Investigação de Opinião Pública, Mikhail Mamonov, opina que a atitude atual da população em relação à queda da União Soviética pode ser caraterizada como pragmatismo nostálgico.
"Por um lado, predominam as memorias positivas que apoiam a União Soviética e lamentam devido a sua queda, por outro lado, é percebida a presença do entendimento relacionado à impossibilidade de reunificação do Estado desintegrado. Tais estimativas possuem bases sérias. A idealização da União Soviética é evidente. O sistema foi claro para entendimento dos cidadãos comuns e as prioridades do Estado correspondiam às esperanças das pessoas. Além disso, a visão do futuro, que estava sendo criada naquela época, está sendo sentida pela maioria da população. Mas apesar da idealização, predomina-se o entendimento das diferenças nas antigas repúblicas soviéticas", afirmou Mikhail Mamonov.
A pesquisa do Centro de Investigação de Opinião Pública, realizado em 5 e 6 de novembro de 2016, no âmbito do projeto Monitor da Eurásia, foi efetuado em 130 cidades, localizadas em 46 regiões e repúblicas e em 8 distritos federais da Rússia. A pesquisa contou com a participação de 1.600 pessoas.
De que maneira mudou a atitude com relação à queda da União Soviética?
As mesmas pesquisas foram realizadas na Armênia, Moldávia e na Ucrânia no âmbito do projeto Opinião pública sobre a queda da União Soviética, realizado pela agência investigadora internacional Monitor da Eurásia.
Como revelou a sondagem, as antigas repúblicas soviéticas possuem atitudes diferentes quanto à queda da União Soviética.
"Se na Rússia e Moldávia a maioria (56 e 51 por cento, respectivamente) pensa que teria sido melhor evitar a queda da União Soviética, na Armênia e Ucrânia tal posição é apoiada por menos de um terço dos entrevistados — 26 e 30 por cento respectivamente", diz-se no comunicado.
Na Armênia e na Moldávia, a parcela da população que lamenta a queda da União Soviética é alta (56 e 50 por cento, respectivamente). Esse índice é significativamente alto, se comparado ao da Ucrânia, onde a maioria da população não lamenta o que aconteceu.
Na Armênia, a pesquisa foi realizada pela Associação de Marketing da Armênia em novembro de 2016. Participaram 1.104 pessoas.
Na Ucrânia, a pesquisa foi realizada pela R&B Group (Research & Branding Group) dos dias 10 a 20 de dezembro de 2016. 1.803 pessoas participaram. A pesquisa abrangeu todas as divisões administrativas (exceto as regiões de Lugansk e Donetsk).
Na Moldávia, o Centre for Sociological Investigations and Marketing CBS-AXA realizou a pesquisa por telefone. 800 pessoas responderam o questionário.