Chancelaria russa: EUA provocam ameaça para aviões, militares e diplomatas russos

© Sputnik / Maksim Blinov / Acessar o banco de imagensAvião militar russo Su-30 aterrissa na base aérea russa de Hmeymim na Síria, maio de 2016
Avião militar russo Su-30 aterrissa na base aérea russa de Hmeymim na Síria, maio de 2016 - Sputnik Brasil
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A decisão dos EUA de fornecer armas à oposição Síria é um passo hostil que ameaça os aviões da Força Aérea da Rússia, as missões diplomáticas e os militares russos, diz-se no comentário da representante oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova.

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Mais cedo, o presidente dos EUA Barack Obama assinou a lei do orçamento militar dos EUA para 2017 que prevê, entre outras coisas, fornecimento de ajuda militar às forças antigovernamentais sírias.

"Esta decisão ameaça diretamente os aviões da Força Aeroespacial da Rússia, outros militares russos e a nossa embaixada na Síria, que muitas vezes foi atingida. Por isso, consideramos este passo como hostil", disse Zakharova.

Além disso, a diplomata russa afirmou que Moscou não consegue compreender como a Rússia "ameaça" a soberania dos países da OTAN, porque são os EUA e os seus aliados que demonstram uma elevada atividade militar.

"É pouco claro como ameaçamos a soberania e integridade territorial dos países da OTAN. São os norte-americanos e os aliados que demonstram uma elevada atividade militar, alargam as fronteiras da aliança e aproximam o seu potencial de combate às nossas fronteiras. É óbvio que temos de considerar tal desenvolvimento durante a realização dos nossos programas de desenvolvimento das forças armadas", diz-se no comunicado de Zakharova publicado no site do Ministério das Relações Exteriores russo.

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Ao mesmo tempo, a diplomata russa recordou que, antes, o sistema de defesa antimíssil norte-americano devia neutralizar "ataques limitados" contra os EUA e que, agora, deve assegurar uma proteção "eficiente, segura e de várias etapas".

"Assim, as 'lendas sobre as ameaças nucleares por parte do Irã e Coreia do Norte', que nos contaram, argumentando a necessidade de instalar sistemas antimísseis, já foram postas de lado. Tudo isto mostra que os planos de Washington são mais amplos e são dirigidos para quebrar a paridade nuclear com a Rússia, de maneira a atingir vantagens unilaterais na área estratégica", destacou Zakharova.

Além disso, a representante oficial da diplomacia russa indicou que a atual administração norte-americana tenta impedir que o presidente eleito dos EUA Donald Trump implemente a sua própria política externa. A lei do orçamento militar dos EUA para 2017, disse, bem como outros documentos oficiais dos últimos anos, contêm instruções do Pentágono sobre a linha política a seguir em relação à Rússia. "Esperamos que os que substituírem [a atual administração] sejam mais sensatos".

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