"Esta decisão ameaça diretamente os aviões da Força Aeroespacial da Rússia, outros militares russos e a nossa embaixada na Síria, que muitas vezes foi atingida. Por isso, consideramos este passo como hostil", disse Zakharova.
Além disso, a diplomata russa afirmou que Moscou não consegue compreender como a Rússia "ameaça" a soberania dos países da OTAN, porque são os EUA e os seus aliados que demonstram uma elevada atividade militar.
"É pouco claro como ameaçamos a soberania e integridade territorial dos países da OTAN. São os norte-americanos e os aliados que demonstram uma elevada atividade militar, alargam as fronteiras da aliança e aproximam o seu potencial de combate às nossas fronteiras. É óbvio que temos de considerar tal desenvolvimento durante a realização dos nossos programas de desenvolvimento das forças armadas", diz-se no comunicado de Zakharova publicado no site do Ministério das Relações Exteriores russo.
"Assim, as 'lendas sobre as ameaças nucleares por parte do Irã e Coreia do Norte', que nos contaram, argumentando a necessidade de instalar sistemas antimísseis, já foram postas de lado. Tudo isto mostra que os planos de Washington são mais amplos e são dirigidos para quebrar a paridade nuclear com a Rússia, de maneira a atingir vantagens unilaterais na área estratégica", destacou Zakharova.
Além disso, a representante oficial da diplomacia russa indicou que a atual administração norte-americana tenta impedir que o presidente eleito dos EUA Donald Trump implemente a sua própria política externa. A lei do orçamento militar dos EUA para 2017, disse, bem como outros documentos oficiais dos últimos anos, contêm instruções do Pentágono sobre a linha política a seguir em relação à Rússia. "Esperamos que os que substituírem [a atual administração] sejam mais sensatos".