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Paes rebate Crivella sobre dívidas da Prefeitura: 'Déficit de R$ 4 bi não é'

© Beth Santos/PCRJPrefeito Eduardo Paes, entrega escultura interativa na Praça Mauá
Prefeito Eduardo Paes, entrega escultura interativa na Praça Mauá - Sputnik Brasil
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Eduardo Paes e o Prefeito eleito do Rio Marcelo Crivella não estão se entendendo quanto à situação das finanças municipais na transição de mandato. Paes rebateu nesta quinta-feira (29) as declarações de Crivella de que esteja saindo da Prefeitura deixando um déficit de R$ 4 bilhões para 2017.

Ao participar da inauguração de uma nova escultura interativa, "Rio Te Amo" em frente ao Museu do Amanhã, na Praça Mauá, na Zona Portuária do Rio, como seu último ato à frente da Prefeitura, Eduardo Paes negou que haja um déficit no valor citado por Crivella, mas diz que não vê as declarações do novo Prefeito como críticas.

"O estudo encomendado retrata como eu estou deixando a situação fiscal da Prefeitura. O que ele está dizendo é que você tem um ano de crise, como foi esse ano também e exige muito zelo. Eu acho que ele está corretíssimo em ter muito zelo. Eu almocei com Crivella ontem e disse você tem que economizar mesmo, não ceder a pressões, de ajustes. Agora, um déficit de R$ 4 bi não é, mas eu acho importante o governo comunicar dessa forma. O meu papel é de ajudar. Ontem (28) já dei um monte de dicas, de gorduras que podem ser cortadas, acho que ele está na posição correta. Eu não vi crítica nenhuma aos números apresentados."

Crivella diz que seu governo será de austeridade - Sputnik Brasil
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Novo Prefeito do Rio afirma que em 2017 a palavra de ordem é não gastar
O Estudo encomendado por Eduardo Paes sobre o desempenho fiscal da Prefeitura no seu governo e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que nos últimos oito anos a capital investiu R$ 38 bilhões. Em 2015, a cidade aplicou 20% da sua receita líquida em obras e na ampliação da rede de serviços, especialmente a saúde e reduziu gastos com pessoal e o peso da dívida pública. Segundo o levantamento, Paes sai da Prefeitura deixando no caixa do Rio R$ 1,9 bilhão para quitar dívidas em 2017 orçadas em R$ 1,7 bilhão. 

Eduardo Paes ainda ressaltou que respeita o novo Prefeito e que o relacionamento com Crivella na transição de cargos está indo muito bem. Paes disse que possíveis críticas ao seu governo é normal, já que Crivella ganhou como oposição a ele. "De verdade, eu tenho com ele uma relação boa. Eu respeito o Prefeito eleito, sempre respeitei. Vocês nunca ouviram eu dizer nada dele que fosse agressivo em relação a conduta pessoal dele. Ele ganhou como oposição a mim, é natural que ele tenha críticas ao meu governo, mas isso não me ofende pessoalmente. Acho que é natural, nós pensamos e temos histórias diferentes, mas uma relação de respeito existe."

Se estivesse assumindo a Prefeitura no lugar de Crivella, Paes afirmou que seu governo também seria de austeridade, assim como pretende fazer o novo Prefeito eleito a partir de janeiro.

"O que eu faria é exatamente o que fiz em 2013, parecia que eu era oposição a mim mesmo, saí cortando um monte de coisas, segurando, contingenciando. Todo ano eu fazia isso como se eu fosse oposição a mim mesmo. O que eu faria era isso,  zelo com as contas públicas, diligência. Não dá pra ficar dando aumento, tem que ter tranquilidade, administrar bem, olhar o cenário econômico. É isso que eu espero do Prefeito eleito, como eu fiz ao longo desses anos."

Eduardo Paes encerrou dizendo que está triste por deixar a Prefeitura e que vai sentir saudades. "Tô triste. Acho que nunca escondi de ninguém que adoro ser Prefeito do Rio. Para mim é uma tristeza não ser mais Prefeito do Rio, mas estou fazendo a minha auto análise, faço um sambinha aqui, junto os amigos, aqueles que colaboraram comigo ao longo desses anos. Estou passando por todos os processos de desapego. Para mim é muito triste, é uma honra ser Prefeito do Rio."

Eduardo Paes não quis dar detalhes se vai ou não conceder aumento nas passagens dos ônibus, disse apenas que o Secretário de Transportes é quem vai publicar a resolução e também não quis falar sobre a ameaça na segurança durante a festa de réveillon, devido a falta de pagamento aos policiais devido a crise no estado. Eduardo Paes também disse que vai deixar o caso para que o Governador Pezão resolva com seus funcionários.

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