Com a reestruturação, cerca de 18 mil funcionários poderão se aposentar. Eles vão receber incentivos para deixar o banco e mais de 9 mil vagas serão extintas do quadro de pessoal.
De acordo com o Banco do Brasil, a economia estimada com a reestruturação é de R$ 750 milhões.
A audiência pública no Senado foi solicitada pelo senador José Pimentel (PT/CE). Segundo o parlamentar, a medida repete a política ocorrida na década de 1990, quando o Banco do Brasil incentivou a saída de 15 mil funcionários, mas na época houve prejuízo.
Para José Pimentel, os novos cortes de funcionários podem comprometer o atendimento aos clientes. O senador criticou especialmente o fechamento das agências no interior do país.
"Com menos funcionários, com menos agências, os primeiros a serem prejudicados são os pequenos empreendedores, os empreendedores da micro e da pequena empresa e o empreendedor individual."
Já o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), ressaltou os bons resultados econômicos que o Banco do Brasil teve no ano passado de R$ 14 bilhões e a importância do papel social da instituição com o país. Segundo Lira, o BB é um banco de integração nacional.
"Fechar agências do interior porque foram assaltadas e não reabri-las. Fechar agências porque não são lucrativas, trocando por máquinas e reduzindo empregos. E é importante dizer que o Banco do Brasil é também um banco social."
Dentro do novo plano de reestruturação do BB, 379 agências vão se tornar postos de atendimento, outras 255 agências digitais serão criadas, sem posto físico, 31 superintendências regionais serão fechadas e três diretorias extintas.
A audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado deve ser feita após o fim do recesso parlamentar, em fevereiro de 2017.