Libertação de Aleppo
Um dos maiores sucessos militares da Rússia em 2016 foi a libertação da cidade síria de Aleppo. O Exército do Governo Sírio, apoiado por militares russos e iranianos, desempenhou o principal papel na operação. As tropas sírias atacaram as fortificações dos terroristas nos subúrbios de Aleppo. Ao felicitar o presidente sírio, Bashar al-Assad, Vladimir Putin destacou que "este sucesso só foi possível graças ao esforço conjunto de todos os que se uniram na luta contra o terrorismo internacional".
Os sapadores russos neutralizaram dezenas de milhares de engenhos explosivos e continuam trabalhando na cidade.
Alta precisão das armas russas
Durante 2016, os militares russos resolveram muitos problemas na Síria: desde a proteção dos comboios humanitários até o lançamento de ataques precisos de mísseis.
Assim, em novembro, as forças russas na Síria lançaram mísseis Oniks do complexo Bastion contra alvos terrestres. Este foi o primeiro lançamento do sistema em condições de combate real.
Além disso, em 15 de novembro, a fragata Admiral Grigorovich realizou lançamento de mísseis de cruzeiro 3M14T Kalibr. Os navios lança-mísseis russos Serpukhov e Zeleny Dol participaram igualmente da operação contra os jihadistas.
Missão do Admiral Kuznetsov
A missão do grupo naval russo no Mediterrâneo se tornou um evento histórico para as Forças Armadas russas. Esta missão foi uma verdadeira estreia para o porta-aviões e causo grande preocupação nos países ocidentais.
Durante quase toda a campanha no Mediterrâneo, o grupo foi acompanhado por navios de guerra da OTAN. Além disso, em uma ocasião, os radares detectaram um submarino da Aliança perto do Admiral Kuznetsov.
Não obstante, os militares da OTAN puderam ver como é feita a instalação de mísseis nos caças russos Su-33 e MiG-29K. Apesar de que o comando da esquadra estava preparado para qualquer circunstância, os verdadeiros alvos dos aviões russos foram os pontos de controle dos terroristas, os seus armazéns de armas e munições.
Instalação de mísseis Iskander em Kaliningrado
A instalação do sistema de mísseis táticos Iskander na região russa de Kaliningrado foi desmentida e confirmada por fontes diferentes. Não obstante, em outubro de 2016, esse fato se tornou uma realidade.
Os exercícios militares realizados na região de Astrakhan mostraram as capacidades dos Iskander. Os mísseis atingiram os alvos a uma distância de 200 quilômetros, deixando uma cratera fumegante em seu lugar. O ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, disse que a implantação dos Iskander se deve às "atividades destrutivas da OTAN".
Inspeções sem aviso prévio
Depois de ocupar o cargo de ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu retomou as inspeções de surpresa no exército russo. Nestes exercícios, os militares são colocados em estado de alerta. Este tipo de inspeção pode ser realizado em vários distritos militares ao mesmo tempo.
Resumindo o ano de 2016, Vladimir Putin disse que as inspeções realizadas durante os últimos quatro anos, "confirmaram que as unidades militares são capazes de se deslocar rapidamente em um curto espaço de tempo para formar um agrupamento em determinada direção de importância estratégica".
Exercícios Kavkaz 2016
Os exercícios Kavkaz 2016, que tiveram lugar em setembro, proporcionaram muito material de reflexão para analistas de todo o mundo.
O principal objetivo dos exercícios Kavkaz 2016 consistia em preparar os militares para uma possível “reversão” do exército para sul em caso de invasão inimiga.
Exercícios internacionais
Durante 2016 os militares russos realizaram uma série de exercícios conjuntos com outros países. Entre os mais importantes se destacam os exercícios com unidades militares das Forças de Reação Rápida da Organização do Tratado de Segurança Coletiva. As manobras, que tiveram lugar na região de Pskov, contaram com a participação de mais de 6.000 militares da Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia e Tajiquistão.
Entre outros países que participaram dos exercícios conjuntos com o exército russo estão o Paquistão, a Mongólia, o Vietnã e a Índia.
Jogos Militares Internacionais
Os Jogos Militares Internacionais 2016 também contribuíram para o desenvolvimento da cooperação militar. A cada ano, novos países aderem a estas competições para mostrar suas capacidades. Assim, em 2016, participaram dos jogos 19 países: Rússia, China, Cazaquistão, Bielorrússia, Irã, Azerbaijão, Mongólia, Venezuela, Marrocos, Egito, Zimbábue, Armênia, Angola, Índia, Tanzânia, Grécia, Kuwait e Nicarágua.
A equipe russa venceu 20 competições de 23.
Parada da Vitória
Renovação do exército russo
Resumindo o ano, vale notar as alterações que ocorreram nas Forças Armadas da Rússia em 2016. Em primeiro lugar, a Força Aérea da Rússia recebeu 139 aviões e a Marinha foi equipada com 24 novos navios de guerra e dois submarinos multifuncionais. O Exército nacional conta agora com 88 novos sistemas de artilharia e 764 veículos blindados.
Em segundo lugar, as unidades militares receberam simuladores que ajudam os soldados a lidar com os modernos equipamentos. Por fim, no domínio de desenvolvimento de novas tecnologias para o exército, foram criadas novas unidades científicas. Em geral, pode-se concluir que, em 2016, o Exército e a Marinha da Rússia atingiram um novo nível quanto às suas capacidades e potencial.