"Até o momento, nós vendemos 85 mil livros. A sexta edição será lançada no final de janeiro. Esses números realmente nos sobrecarregaram. Ninguém poderia esperar por isso", afirmou o diretor do Instituto de História Contemporânea da Alemanha, Andreas Wirsching, em entrevista ao Tagesspiegel.
Apesar da expiração dos direitos autorais, o conteúdo do "Mein Kampf", na verdade, segue sendo proibido pelas leis contra a incitação ao ódio. No entanto, Wirsching explicou que a nova edição não foi alvo de nenhum processo legal por ser crítica. De acordo com ele, seria extremamente "irresponsável" produzir uma versão não comentada hoje, ideia que foi defendida por alguns, como a editora Schelm-Verlag, de Leipzig.
Embora o livro tenha sido escrito para ressaltar o nacionalismo alemão, com ideias racistas, expansionistas e antissemitas, o "Mein Kampf" alcançou considerável sucesso em vários países, como Estados Unidos, Turquia e Suécia, mas sua publicação e comercialização seguem proibidas em diversos outros, incluindo a Rússia.