A declaração segue a tragédia em Manaus, capital do Amazonas, onde uma briga entre as facções rivais Família do Norte e Primeiro Comando da Capital resultou na morte de pelo menos 60 internos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. Os dois grupos criminosos lutam pelo controle do comércio de drogas na capital.
Para a Human Rights Watch, o abandono do sistema prisional expõe os presos à violência e abre espaço para a atuação do crime organizado.
“O fracasso absoluto do Estado nesse sentido viola os direitos dos presos e é um presente nas mãos das facções criminosas, que usam as prisões para recrutar seus integrantes”, acrescenta Maria Laura.
A ONG ainda recordou motins ocorridos nos estados de Rondônia, Roraima e Acre, que resultaram em 22 mortes em outubro de 2016. A Human Rights Watch criticou também a superlotação nos presídios brasileiros e a política de criminalização do uso, produção e distribuição de drogas que "potencializou o crescimento das organizações criminosas".