O anúncio foi feito pelo porta-voz do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov, na quarta-feira (04).
"O atual chefe da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA, Brennan, está bem ciente do fato que, muito antes do início da campanha russa, a coalizão internacional tem destruído sistematicamente a infraestrutura econômica da Síria para enfraquecer o governo legítimo o mais rápido possível, apesar do fardo que representa para civis, resultando em milhões de refugiados", destacou Konashenkov.
"Surpreendentemente, a coalizão não atacou instalações petrolíferas capturadas pelo Daesh que permitiram aos terroristas ganhar dezenas de milhões de dólares por mês através do comércio ilegal de petróleo e recrutar mercenários por todo o mundo", frisou Konashenkov.
"Mais tarde ou mais cedo alguém vai ser responsabilizado. É por isso que a tentativa do Sr. Brennan de atenuar o golpe dificilmente ajudará. John Brennan compreende bem os resultados reais das ações russas na Síria", afirmou o porta-voz russo.
Graças às ações da Força Aeroespacial russa, mais de 12 mil quilômetros quadrados e 499 povoações na Síria foram libertados e 35 mil militantes, incluindo 204 comandantes, foram eliminados.
"Mas o principal resultado foi que, sem a administração cessante dos EUA, sem a CIA, foi assinado um acordo de cessar-fogo em 30 de dezembro", ressaltou Konashenkov.
Os militares russos deram início a várias tréguas nos combates terrestres. A última entrou em vigor no final de dezembro e, segundo se espera, resultará em negociações de paz entre o governo sírio e a chamada oposição moderada.
Ao mesmo tempo, Konashenkov fez lembrar que a aviação dos EUA largou bombas nucleares sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945. Além disso, em 1962-1971 Washington levou a cabo a Operação Ranch Hand em Laos e Vietnã com uso de substâncias químicas "de fato reduzindo a cinzas tudo o que se movia".