Foram 56 presos mortos na rebelião que durou mais de 17 horas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), no domingo (1º), se tornando o terceiro maior massacre em presídios da história do Brasil. Mas isso não parece ser motivo de grande preocupação para o O secretário nacional da Juventude, Bruno Julio (PMDB). Segundo ele, "tinha era que matar mais".
"Eu sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de polícia, né? Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana", disse ele, ao comentar a rebelião em Manaus que resultou na morte de 56 presos.
Filho do ex-deputado federal Cabo Júlio (PMDB), atualmente deputado estadual em Minas, Bruno Júlio também atua como presidente licenciado da juventude do PMDB.
Em entrevista ao Huffpost Brasil, o secretário comparou o massacre em Manaus com a chacina que acontecei em Campinas (SP) durante o Ano Novo, em que um homem matou 12 pessoas, das quais 9 eram mulheres.
Em junho de 2016, foi revelado que Bruno Júlio é investigado por agredir mulher em Belo Horizonte, além de ser acusado de lesão corporal pela ex-mulher e de assédio sexual por uma funcionária.
Conheça um pouco mais sobre Bruno Julio, secretário de Temer e incentivador de chacinas: agressor da mulher, pai acusado de corrupção… pic.twitter.com/SdD1guczVu
— Paulo Tadeu PT (@ptadeu_pt) 7 de janeiro de 2017
O presidente Michel Temer também não conseguiu ficar longe de polêmicas na repercussão sobre o caso de Manaus. Ele afirmou que o massacre foi um "acidente pavoroso". Ao receber muitas críticas pelo comentário, Temer tentou contornar afirmando que usou o termo "acidente" como sinônimo de "tragédia" e "perda".