O analista político Stuart Rollo, especialista em segurança internacional da Universidade de Sydney, expôs à Sputnik Internacional sua opinião sobre o assunto. Segundo ele, ao agir dessa forma, a Turquia 'está jogando a isca':
"Eles jogam a isca para ver a reação da administração de Trump", explica.
Na quarta-feira (4), o chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, mencionou a base de Incirlik ao citar o questionamento dos turcos sobre o uso da base aérea pelos EUA, que, segundo eles, não vêm prestando ajuda alguma na operação turca Escudo do Eufrates. No dia seguinte o porta-voz do presidente turco, Ibrahim Kalin, informou que a Turquia tem o direito de fechar Incirlik.
Rollo opina que, com essa estratégia, Ancara buscou alarmar Washington sobre o que poderá acontecer caso os EUA "não comecem a cooperar com a Turquia contra os curdos".
Segundo Rollo, "a autonomia negociada das regiões curdas na Síria, provavelmente, não será suficiente para que a Turquia abandone a Aliança".
O especialista descreve as relações da Turquia com a OTAN como "instáveis", até menos instáveis do que estas costumavam ser. No entanto, na opinião dele, as relações entre a Turquia e o bloco liderado pelos EUA não afetarão acordos de segurança turco-americanos.
"Não acredito que estes comentários sobre Incirlik devem ser levados em consideração com toda seriedade nessa etapa", conclui Rollo.