"A onda atual é uma continuação da posição que assumimos nas vésperas da virada do ano quando não respondemos à expulsão dos diplomatas russos. Os norte-americanos consideram que a Rússia é fraca e que é preciso continuar exercendo pressão. A cultura norte-americana compreende somente a língua de respostas duras. Se o outro lado não responde de forma firme e cede, como fez a Rússia, os norte-americanos consideram que é preciso continuar a exercer pressão", declarou Fenenko à agência RIA Novosti.
Como exemplo citou a decisão de Moscou de abandonar o acordo sobre a utilização de plutônio, que é um aspecto muito importante para Washington. "Depois disso, as discussões sobre sanções desapareceram por três meses", disse Fenenko.
"Se não respondermos, sim, poderão seguir-se mais sanções. Se a Rússia ficar silenciosa e não responder, os norte-americanos consideram-no como a nossa fraqueza. A cultura norte-americana não compreende termos como 'gesto de boa vontade' ou 'compromisso'. Esta é uma cultura de cowboy: ou ataco ou param-me, não há terceira variante", concluiu Fenenko.
Nas vésperas do Ano Novo, os EUA declararam 35 diplomatas russos como personas non gratas. O presidente russo Vladimir Putin declarou, em resposta, que não expulsaria ninguém, embora houvesse razões para uma reação adequada. Além disso, Putin convidou os filhos dos diplomatas norte-americanos para a festa de Ano Novo no Kremlin.