Vale ressaltar que mais da metade dos entrevistados (51%) pensam que a cidadania russa deve ser dada prioridade a cientistas e professores e não a celebridades.
Segundo a pesquisa, os russos enumeram "alto renome da Rússia e estabilidade" (14%), "discordâncias políticas" (11%), "na Rússia a vida é melhor" (7%) e "querem chamar atenção" (7%) como possíveis causas por trás do interesse entre os famosos na cidadania russa.
Quanto àqueles que "merecem" o status de cidadão russo, os entrevistados colocaram artistas no último lugar da lista (10%), dando prioridade aos cientistas e professores (51%), especialistas qualificados (37%), atletas (16%), empresários e investidores (16%).
Ao longo dos últimos anos, várias celebridades receberam cidadania russa, sendo que alguns casos provocaram certo espanto e até descontentamento na sociedade.
Por exemplo, em 2013, o passaporte russo foi entregue ao francês Gérard Depardieu. Já no ano passado, outro ator famoso, desta vez, o norte-americano Steven Seagal, tornou-se compatriota de Vladimir Putin.
Várias outras celebridades do mundo do cinema — a italiana Ornella Muti e a norte-americana Pamela Anderson — já expressaram sua vontade de seguir o exemplo dos seus colegas atores.
A tendência é visível nos esportes — em 2016, o primeiro técnico da Seleção Russa de Judô, Ezio Gamba, e os jogadores de futebol Roman Neustädter e Mário Fernandes obtiveram passaportes russos.
A pesquisa de escala nacional foi conduzida entre 17 e 18 de dezembro de 2016 através de entrevistas telefônicas e contou com a participação de 1.600 pessoas. A margem de erro não ultrapassa os 2,5%.