Lula também disse que vai passar o ano de 2017 em viagens pelo Brasil e defendeu a antecipação da eleição presidencial de outubro de 2018 para outubro deste ano. Não assumiu explicitamente que pretende ser candidato mas disse que, "se necessário", admite disputar, mais uma vez, a Presidência da República.
Também discursando no evento, o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, declarou que o PT ainda não definiu quem será seu candidato na próxima eleição presidencial. Mas o coordenador do MST, João Pedro Stédile, responsável pelo convite a Lula para participar do 29º Encontro Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, disse que o MST tem em Lula o seu candidato natural ao Palácio do Planalto.
Lula, que é réu em cinco ações da Operação Lava Jato e responde a estas ações na Justiça Federal do Paraná, de Brasília e também a inquérito no Supremo Tribunal Federal, acrescentou que tem duas preocupações para este ano: "limpar o nome do Partido dos Trabalhadores e o seu próprio nome." Aos 71 anos, o ex-Presidente afirmou que não vai "envergonhar a alma da mãe."
Maria do Rosário também comentou o fato de que, mesmo respondendo a diversas ações judiciais, Lula aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenções de voto para a próxima eleição presidencial:
"A vitória de Lula me parece muito provável. Os problemas jurídicos que o presidente enfrenta são muito mais resultado de perseguição política do que, propriamente, resultado de acusações objetivas. Acredito que Lula tenha grandes chances de vencer a eleição presidencial e nós, da esquerda, devemos permanecer unidos em torno dele."
Nesta quinta-feira (12), Lula se reúne em Brasília com os professores participantes do Encontro da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. E, na terça-feira (17), o ex-presidente estará novamente na capital federal para se reunir com os deputados federais e senadores do PT para definir uma nova estratégia de ação para o Partido dos Trabalhadores ao longo deste ano de 2017.