A declaração foi feita pelo embaixador russo na Bélgica, Aleksandr Tokovinin, em entrevista à Sputnik Internacional na quinta-feira (12).
"Quanto à histeria antirrussa, aumentada devido à situação em Aleppo, em minha opinião, é evidente que a pressão exercida sobre a Rússia não tem futuro algum, mas, infelizmente, tal política vem sendo posta em prática já há alguns anos", afirma Tokovinin.
Ele adicionou que a mídia, às vezes, refere-se a grupos militares que estão lutando na Síria como "rebeldes corajosos", mas quando membros de tais grupos realizam atentados terroristas na Europa, a mesma os declara terroristas.
"Hoje, o objetivo principal no Oriente Médio é a luta contra o terrorismo, grupos armados extremistas são ameaça para todos — para… países do Oriente Médio, Europa, EUA, Rússia, bem como para todos os países do mundo. A ameaça é real. Por isso é necessário unir esforços contra os [grupos armados extremistas]", destaca o embaixador.
A Rússia continua exercendo todos os esforços possíveis para ajudar as partes de oposição da Síria, país devastado pela guerra, a atingir o acordo de paz, sublinha o embaixador da Federação da Rússia na Bélgica.
"Nós estamos fazendo todo o possível e vamos continuar fazendo para promover tal dialogo e levar as partes opostas na Síria ao acordo mútuo. Pois o futuro da Síria poderá ser determinado somente por sírios. Isso significa que a luta contra grupos terroristas continuará", frisou.
"Quando o assunto é Síria, o objetivo principal é manter sua integridade, independência e soberania com caráter multiconfessional e secular que assegurará os direitos e as oportunidades igualitárias a todos os cidadãos. Para que isso aconteça, o governo e a oposição devem negociar e dialogar", sugeriu.