Falando à Rádio Sputnik Brasil, Gutembergue de Oliveira afirmou não poder assegurar que confrontos entre presos não ocorrerão mas garantiu que as chances de isto acontecer são as mínimas possíveis:
"Nós, agentes penitenciários, temos a preocupação de, em todos os presídios do Estado do Rio, não misturar presos de diferentes facções criminosas. Nós os separamos por galerias ou pavilhões, como é o caso do Complexo Penitenciário de Gericinó. Então, reduzimos bastante as possibilidades de brigas e massacres entre presos virem a acontecer."
Desde o final de semana, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária vem promovendo uma redistribuição de presos no Complexo de Gericinó e cuidando de sua remoção para outros estabelecimentos penais como, por exemplo, o de Japeri, na Baixada Fluminense. Em Gericinó, havia caso de presos cumprindo penas no mesmo pavilhão em que se encontram bombeiros e policiais, muitos destes responsáveis pelas prisões daqueles detentos.
Em relação ao presídio de Japeri, o problema é outro, diz Gutembergue de Oliveira:
"As dificuldades que enfrentamos na Baixada Fluminense é a criminalidade que tem nos atacado, assaltado e nos ameaçado de morte se não entregarmos armas e nossos bens pessoais. Já comunicamos às autoridades que a região precisa de policiamento e que os agentes penitenciários estão correndo grave risco de serem mortos pelos criminosos que agem livremente naquela região. Nós decidimos que, se esta situação não for corrigida, suspenderemos as visitas aos presos. Os presos têm todo direito de receber visitas mas, neste caso, é o direito à vida dos agentes penitenciários que se sobrepõe. E nós não vamos abrir mão do nosso direito e da nossa integridade."