O jornalista italiano e observador do jornal Il Giornale, Giampaolo Rossi, comentou à Sputnik Itália a situação atual:
Sputnik Itália: Que os países espionam uns aos outros, não é uma novidade. Os EUA estavam ouvindo as ligações telefônicas de Merkel e Berlusconi. Mas, deste vez, não houve escândalo. Por quê?
Giampaolo Rossi: Enfrentamos duas situações diferentes. Esses incidentes resultaram no verdadeiro escândalo: quando se soube que o celular de Merkel foi grampeado pela a inteligência dos EUA, retiraram o chefe da Agência Central da Inteligência dos EUA da Alemanha. Há um mês e meio, mais ou menos, o WikiLeaks publicou a informação sobre espionagem pelos cidadãos alemães que visavam combater o terrorismo. Essas medidas foram tomadas pela a Agência Federal de Investigação dos EUA, juntamente com os serviços da inteligência da Alemanha. Isso provocou mais um escândalo.
O problema é que agora, na "América democrática", a Inteligência tenta contestar os resultados das eleições. Caso Trump consiga tomar posse, isso significará que os EUA perderam o seu poder. Mas se ele se tornar presidente, os EUA não continuarão o mesmo, pois Trump mudará completamente o sistema.
SI: A Rússia começou a criar seus próprios servidores para se tornar independente do Google. Você acredita que a Europa possa tomar medidas semelhantes?
GR: É difícil dizer. As autoridades (dos países membros da UE) tentam tratar esse assunto organizadamente. Muitos desses países, por exemplo, a Alemanha, estão em posições muito a frente. As tecnologias de ponta estão sendo desenvolvidas muito mais rapidamente do que podemos responder sobre a criação das mesmas…
Ao controlar as correntes de informação, que podem conter os nossos e-mails, nossas ligações no Skype, é necessário saber os limites entre o direito de segurança e a liberdade.