Entretanto, as próprias autoridades ucranianas contribuíram para reduzir as perspectivas de cooperação com o presidente eleito dos EUA ao expressar um apoio demasiadamente ativo à sua adversária, Hillary Clinton. Kiev contava com que a candidata democrata mantivesse uma linha dura em relação à Rússia e autorizasse o fornecimento de armas mais potentes para o exército ucraniano. Em resultado, a vitória de Trump apanhou Poroshenko e a sua administração desprevenidos.
Segundo o Frankfurter Rundschau, em agosto o chefe da campanha eleitoral de Trump, Paul Manafort, teve de se demitir por causa de acusações do comitê anticorrupção em Kiev. Além disso, funcionários da embaixada ucraniana em Washington tentaram apoiar os democratas e forneceram informações sobre possíveis ligações dos republicanos com a Rússia.
Hoje (17), tornou-se público a confirmação de Poroshenko de se encontrar com Donald Trump pouco depois da tomada de posse.
"Fui um dos primeiros líderes mundiais para quem Trump telefonou pouco depois das eleições presidenciais <…> Acordamos a data da minha visita a Washington, agenda de como serão realizadas as negociações", disse Poroshenko à agência Bloomberg.
Entretanto, Poroshenko não revelou quando irá aos EUA. A cerimônia de tomada de posse de Trump será dia 20 de janeiro.
Na segunda-feira (16), Poroshenko afirmou que a Ucrânia está pronta para cooperar com nova administração norte-americana.