Na manhã de 30 de junho de 1908, uma grande bola de fogo atravessou o céu por cima do rio de Tunguska, que fica na região de Sibéria.
Depois ocorreu uma grande explosão que foi vista até na Grã-Bretanha e ouvida a uma distância de mil quilômetros. A explosão destruiu cerca de 2 mil quilômetros quadrados de floresta.
Nos dias que se seguiram, no céu da Europa foram observados certos fenômenos estranhos como prateados, nuvens brilhantes, luminescência estranha no céu e pores-do-sol coloridos.
Passados 13 anos, uma primeira expedição de pesquisa, liderada pelo mineralogista russo Leonid Kulik, visitou Tunguska. Apesar de terem explorado toda a área, eles não encontraram nenhuma cratera ou evidência do meteorito.
Ao longo do tempo, apareceram muitas outras teorias para explicar a falta de crateras e matérias extraterrestres.Em 2007, uma equipa de pesquisadores da Universidade de Bolonha (Itália), chefiada pelo cientista Luca Gasperini, admitiu que o pequeno lago Cheko pudesse ter sido a cratera de impacto. Os pressupostos deles se baseavam no fato que o lago era excepcionalmente profundo e que tinha forma de cratera. Além do mais, eles não encontraram nenhum fato ou registro da existência do lago antes de 1908.
Em julho de 2016, a equipa de pesquisadores russos de Krasnoyarsk e Novosibirsk explorou o lago de novo para estimar a sua idade real. Como resultado, eles chegaram à conclusão que a região foi pouco explorada antes do século XX, por isso era possível que o lago pudesse ter tido existido antes de 1908.
Over 100 years later, scientists still debate the origins of the "Tunguska Event." https://t.co/8CCbGnkj7z
— Marsh Myers (@marshmyers) 28 de dezembro de 2016
A idade do lago pode ser calculada através do estudo de amostras de sedimentos do seu fundo. No ano passado, cientistas obtiveram uma amostra do sedimento para realizar uma análise profunda.
A análise mostrou que a amostra do fundo do lago tem cerca de 280 anos, o que significa que o lago já existia antes do meteorito e não é resultado do impacto dele.
The 'Tunguska Event' Flattened 600 Square Miles of Forest https://t.co/xrlmGYkKpL via @motherboard
— Piotr Cichoński (@piotrcichonski) 9 de janeiro de 2017
Os resultados da pesquisa vão ser publicados em revistas científicas, no dia 30 de julho de 2017, para marcar o aniversário do evento de Tunguska, segundo comunicou o investigador principal Denis Rogozin do Centro de Pesquisas de Krasnoyarsk.