Por decisão de assembleia da categoria, os policiais civis só estão atendendo, nesse período, a casos graves, como prisões em flagrante, roubos e furtos de veículos, homicídios, sequestros, estupros e remoções de cadáver. Todas as demais solicitações não estão sendo anotadas.
Márcio Garcia, diretor da Coligação de Policiais Civis do Rio de Janeiro, diz que a a categoria está reivindicando o pagamento do salário de dezembro, do 13º, o pagamento das horas extras devidas desde junho do ano passado e também das metas de produtividade que não são pagas desde dezembro de 2015. A assembleia aprovou o estado de greve. Os próximos passos da categoria, segundo ele, vão depender da movimentação do governo do estado em resposta às reivindicações.
"As entidades de classe da Polícia Civil, tanto de agentes quanto de delegados, deram autorização à categoria para que, caso não forem atendidas essas reivindicações, ser possível deflagrada nova greve", diz o dirigente.
Segundo Garcia, as unidades da Polícia Civil estão trabalhando com inúmeras dificuldades de infraestrutura com falta até de material básico para o dia a dia das delegacias.
"Infelizmente há mais de um ano a gente tem essa dificuldade de material. Algumas unidades, como a 9ª DP (Catete), por exemplo, tem recebido auxílio dos empresários e do comércio local. A chefia já convocou um edital para que a população pudesse ajudar a Polícia Civil. A situação é calamitosa. Nas delegacias há falta de todo o tipo de material, desde papel até toner de impressora, parte de informática, limpeza, papel higiênico. A situação é a pior possível", garante Garcia.