Dessa maneira ele responde a Donald Trump, que chamou a OTAN de organização obsoleta. Mas há chances de que a vontade do premiê francês seja cumprida na Europa de hoje, tomando em conta o fato do que os acordos pressupõem que o sistema de defesa europeu está inscrito no quadro da OTAN.
A Sputnik França se dirigiu a especialistas para saber se o sistema de defesa europeu independente tem futuro.
"Como se trata de uma área muito importante, a defesa, bem como a diplomacia, não pode ser resultado de geopolíticas diferentes: o Reino Unido ainda faz parte e tem uma política diferente da França, que por sua vez se distingue da política alemã e da italiana", explicou Christophe Reveillard.
Ele sublinhou que ter uma defesa verdadeira teria de haver um estado federado e uma fusão das nações.
Outro especialista entrevistado pela Sputnik França, François Lafond, professor do Instituto de Pesquisa Política de Paris e representante do centro analítico europeu Volta, destacou que agora apenas é possível a unificação de algumas partes dos exércitos nacionais para agir em caso de necessidade. Contudo, ele acredita que um exército europeu é algo que, por enquanto, não pode ser criado.
Jérôme Lambert, deputado socialista e vice-presidente da Assembleia Nacional Francesa para os assuntos europeus, por sua vez, tem o mesmo ponto de vista. Ele frisa que a criação de um exército comum exige a proteção de interesses estratégicos, econômicos e outros, e isso, como considera o especialista, está muito longe da situação atual na Europa.