Na segunda-feira (16), em entrevista ao jornal The Times, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, chamou a OTAN de organização "ultrapassada" por se envolver pouco no combate ao terrorismo. Segundo ele, os países-membros europeus investem pouco em seus exércitos, não facilitando o desenvolvimento da Aliança.
"O problema… é que os países europeus não investem suficientemente nos seus exércitos nacionais. Isto leva à escassez nas capacidades militares da aliança. Eu acredito que esta falta de ‘investimento' europeu provém, na maioria, da ineficiência existente por não estarmos cooperando como deveríamos", expressou Vautmans.
O político também adiantou que o aumento na cooperação militar transnacional dentro da Europa fará com que os investimentos se tornem significativos.
Em 30 de novembro, a Comissão Europeia propôs criar uma nova fundação de defesa para as aquisições militares e uma pesquisa colaborativa como parte de uma estratégia de defesa europeia mais ampla.
O objetivo baseia-se no incentivo de investimentos na busca de tecnologias de defesa inovadoras, inclusive equipamentos eletroeletrônicos, software de encriptação, metamateriais e tecnologia robótica.
Os países-membros da UE também poderão receber empréstimos da fundação para compra de tecnologia militar e equipamentos para seus exércitos nacionais.
As discussões sobre a segurança europeia têm se intensificado após Donald Trump vencer as presidenciais norte-americanas. Durante a corrida presidencial, Trump frisou repetidamente a importância do aumento de apoio dos EUA aos membros da OTAN, bem como da garantia de defesa apenas aos membros da Aliança que "cumprem suas obrigações" dadas em relação a Washington.