As fendas se formaram há milhares de anos, quando a temperatura da Terra era muito mais baixa, informa a revista Geophysical Research Letters.
Os cientistas descobriram uma enorme rede de fraturas gigantes sob a camada de gelo, que formam um conjunto de rios, canais, baías e vales, que alcançam uma profundidade de até 1.200 metros. Estas estruturas abrigam águas quentes provenientes do oceano Antártico, que pouco a pouco foram derretendo a camada de gelo da Antártida.
Segundo os pesquisadores, este "sistema geográfico" submarino foi formado há milhares de anos, quando a área da camada de gelo da Antártida era maior, e algumas áreas de gelo estavam muito mais perto da superfície. Felizmente, esta estrutura submarina está a uma grande profundidade, aonde não chegam as correntes muito quentes, por isso o processo de aquecimento da camada de gelo é muito lento.
A cada ano, a Antártida perde mais de 2,8 quilômetros cúbicos de gelo. Em 2013, foi descoberto que metade do gelo desaparece por causa das correntes quentes que banham as regiões submarinas, a cobertura de gelo do continente através de um sistema de "rios" e canais submarinos.