"Apple não sobreviveria sem imigrantes, sem falar da prosperidade ou desenvolvimento que temos hoje em dia", diz a edição, citando o chefe da multinacional Apple, Tim Cook.
O diretor-executivo do serviço de transporte privado urbano Uber, Travis Kalanick, também expressou sua preocupação com a política do presidente e afirmou que seus funcionários também foram atingidos por este golpe. De acordo com ele, o decreto afetou "milhares de motoristas".
Os diretores da Netflix, provedora global de filmes e seriados de televisão via streaming, Reed Hastings, e o chefe do Twitter, Jack Dorsey, expressaram solidariedade com essa crítica e disseram que suas empresas obtiveram mais sucesso graças ao fato de lá trabalharem imigrantes. Dorsey frisou que o novo decreto prejudica a economia.
As ações de Trump estão prejudicando os funcionários da Netflix em todo o mundo, e são tão não-americanas que isto dói a todos nós. Ainda pior, estas ações vão fazer os EUA menos seguros (através do ódio e perda de aliados) do que mais seguros. Uma semana muito triste, e mais ainda virá, com as vidas de 600 mil Sonhadores aqui, na América, sendo postas em risco iminente. Chegou a hora de juntarmos os braços para defender os valores norte-americanos de liberdade e oportunidade.
The Executive Order's humanitarian and economic impact is real and upsetting. We benefit from what refugees and immigrants bring to the U.S. https://t.co/HdwVGzIECt
— jack (@jack) 28 de janeiro de 2017
O impacto humanitário e econômico do decreto executivo é real e desolador. Nós beneficiamos daquilo que os refugiados e imigrantes trazem aos EUA.
Mais cedo, o fundador da rede social Facebook, Mark Zuckerberg, realçou que "os EUA são uma nação de migrantes" e que as pessoas devem ter orgulho nisso.
A suspensão do acolhimento vigora pelo menos durante os próximos 120 dias, enquanto a aceitação de refugiados da Síria fica proibida por tempo indeterminado. Além disso, são endurecidas as regras de entrada no país, enquanto a entrada a partir de vários países de maioria muçulmana é suspensa por 90 dias. Segundo comunica a agência Reuters, se trata do Iraque, Irã, Síria, Sudão, Iêmen, Líbia e Somália.