Hoje (29), o Kremlin comunicou que os presidentes russo e norte-americano, durante sua conversa telefônica, discutiram a situação na Síria e destacaram como prioridade juntar esforços na luta contra o terrorismo.
"Tomando em conta todas as ações precedentes de Donald Trump, tal circunstância leva a sugerir que o novo presidente dos EUA também planeja cumprir esta parte da sua campanha eleitoral. Segundo vimos, desde o início do seu mandato… ele se empenhou em cumprir sua campanha", afirmou Zudin em uma entrevista à Sputnik.
"Neste caso, Donald Trump tenta manter sua palavra, aquelas promessas que ele fez durante a corrida presidencial. Entre estas promessas figurava a de mudar as relações com a Rússia, melhorar as relações com a Rússia, encontrar pontos de convergência para ações conjuntas e positivas com a Rússia", assegurou o analista.
Ao mesmo tempo, Zudin acredita que as relações russo-americanas são a parte integrante mais complicada do programa eleitoral de Trump.
Em particular, o cientista político destacou a forma da conversa telefônica entre os dois presidentes.
"Da parte russa, esteve apenas Vladimir Putin, mas quanto à parte norte-americana, o presidente eleito, que já tomou posse, não estava sozinho. Ele esteve acompanhado pelo vice-presidente, bem como por vários membros da equipe de Trump, inclusive aquele que é responsável pela ligação com o Congresso. Tudo isso é importante, tudo isso indica que Trump, ao planejar o formato da sua conversa com Vladimir Putin, tentou neutralizar ao máximo o eventual impacto negativo. Ele tentou não conceder aos seus rivais quaisquer trunfos", especificou Zudin.
No que trata das áreas da provável cooperação entre a nova administração norte-americana e a Rússia, o analista destacou o combate conjunto ao Daesh na Síria, e no Oriente Médio em geral, as questões de segurança, dos mísseis nucleares, da manutenção da estabilidade estratégica e também da ampliação e estreitamento dos laços econômicos entre os dois países.
O analista apelou à avaliação realista de todas as dificuldades que o novo presidente norte-americano está enfrentando. Particularmente, muitos especialistas falam de um "governo norte-americano no exílio" do qual alegadamente farão parte a ex-candidata democrata Hillary Clinton, George Soros e outros políticos.