O deputado e vice-presidente da Comissão de Assuntos Exteriores do Parlamento Europeu considera que as sociedades ocidentais estejam perante uma "regressão fluída de pensamento" que "não nos permite compreender o que está acontecendo", pois o mundo está "se reposicionando politicamente" e tais mudanças estão acontecendo a uma grande velocidade.
"As guerras se desenrolam através de uma vertente militar, mas também através de uma vertente não militar", explicou Couso, referindo-se a "guerras de 4ª geração ou de baixa intensidade" nas quais são utilizados "elementos não convencionais".
Ademais, continuou o analista, as organizações não governamentais, como a Open Society (Sociedade Aberta) de George Soros, desempenham um papel importante dentro destes elementos não convencionais, já que se dedicam a "subverter a ordem internacional" e "elevar a temperatura da panela de pressão [onde é cozinhada] a guerra informativa".
Em outras palavras, os EUA, através da OTAN e com o apoio da UE, seguem tentando impor "uma agenda globalizadora neoliberal", atribuindo à Rússia um "papel subalterno, contido, desindustrializado e inclusive perturbador".
Neste sentido, Couso assegurou que Washington continua atuando em concordância com as teorias de Zbigniew Brzezinski, ex-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos durante a presidência de Jimmy Carter.
"Estas palavras foram acompanhadas por tais ações como, por exemplo, as manobras perto do Kaliningrado russo e os envios de tropas para perto da fronteira", explicou Couso.
"A partir de 1997, OTAN começa sua expansão para o Leste" e, entre outras coisas, "são rompidos os acordos verbais adotados após o colapso da União Soviética sobre o não posicionamento das forças estratégicas ocidentais perto da fronteira da Rússia", insistiu o deputado europeu.
O deputado da Esquerda Unida assinalou como parte do "cerco", que esta sendo estabelecido em torno da Rússia, a resolução do Parlamento Europeu contra as mídias russas "propagandistas" como a Sputnik e o canal RT.