Mais cedo, a agência Bloomberg escreveu que a comunidade de informações e o Comando Estratégico dos Estados Unidos (STRATCOM, na sigla em inglês) que fazem parte do Pentágono, trabalham em uma nova avaliação da capacidade das autoridades da Rússia e da China para continuarem funcionando após um ataque nuclear.
"Todo o efeito dela [da inquirição] visa provar os piores receios das chefias políticas russa e chinesa. Isso fá-las se preparar para garantir o lançamento das suas forças nucleares, caso os EUA realizem algum tipo de ataque contra as chefias", declarou Theodore Postol na entrevista à Sputnik.
O especialista expressou também a sua preocupação pelo fato de as autoridades dos dois países poderem interpretar a inquirição do Congresso norte-americano como mais uma prova de que os EUA consideram a possibilidade de uma guerra nuclear e a sua vitória nela.
"[O presidente da Rússia] Putin comentou uma série das ações dos EUA ligadas diretamente com a intenção dos EUA de serem capazes de travar e vencer guerras nucleares," fez lembrar Postol.
De acordo com o líder russo, a cooperação bilateral com os EUA na resolução de problemas globais e regionais corresponde aos interesses mundiais. Os dois países têm a responsabilidade conjunta de garantir a segurança e a estabilidade internacionais no que diz respeito à consolidação do regime de não-proliferação.
A este respeito é também importante lembrar que, durante a sua primeira entrevista após a cerimônia de posse do cargo presidencial, Donald Trump declarou que o levantamento das sanções antirrussas pode depender do fechamento de um acordo bilateral sobre a diminuição do armamento nuclear.
O porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov reagiu à declaração dizendo que fazer depender a questão das sanções contra a Rússia por parte dos EUA da diminuição das forças nucleares não deverá ser possível do ponto de vista técnico.