"É muito possível que durante os próximos dois anos a Coreia do Norte venha a possuir um míssil balístico com ogiva nuclear", informou um alto funcionário da CIA.
"Se a Coreia do Norte tem uma ogiva nuclear, ela tem que realizar várias séries de testes para que ela possa atingir o alvo […] Tomando em conta a capacidade tecnológica da Coreia do Norte, se ela realizar 5 testes num ano, precisará de 2 anos, se fizer um teste por ano – de 5 anos", comunicou o especialista em Coreia do Norte Vladimir Khrustalev numa entrevista à Sputnik Coreia, acrescentando que o nível atual da Coreia do Norte pode ser comparado ao nível da União Soviética nos anos sessenta.
"Hoje em dia, mesmo considerando suas capacidades máximas, a Coreia do Norte nunca lançou um míssil com alcance de 5500 quilômetros, ou seja, que pudesse voar mais longe que o território do Japão", adiantou Kim Dongyeop, professor do Instituto de Pesquisas do Extremo Oriente da Universidade de Kyungnam.
O analista sul-coreano acredita que, se os testes forem realizados neste ano, eles irão repetir tecnologicamente o lançamento do míssil Musudan (lançamento vertical com entrada para a atmosfera).
"É possível que a Coreia do Norte, durante o mandato de 4 anos de Trump, ou provavelmente ainda até ao fim do prazo de legislatura do Congresso dos EUA, que chegará em 1 de fevereiro de 2019, obtenha um míssil com ogiva nuclear", informou John E. McLaughlin, ex-vice-chefe da CIA.
Khrustalev também mencionou que os especialistas dos EUA sobrestimam o nível de desenvolvimento do programa de mísseis da Coreia do Norte, que está ao nível do da União Soviética nos anos sessenta.