À época, a brutalidade contra os animais de rua foi destaque na mídia internacional. Com o objetivo de "limpar" as ruas da capital antes do evento começar, cães e gatos foram envenenados, baleados e até queimados vivos, enquanto o governo oferecia £35 (o equivalente a R$136 em valores atuais) a quem matava os animais.
Procurando evitar que tal atrocidade aconteça, uma fã alemã do concurso criou uma petição na internet direcionada ao presidente Petro Poroshenko. Com o nome de "Ucrânia, não mate os cachorros de rua para o Festival Eurovisão da Canção", o documento já passa das 12 mil assinaturas. Na justificativa, a idealizadora Justine Schindler escreve:
"Em 2017, a maior competição e show de música da Europa, o Festival Eurovisão da Canção, acontece na Ucrânia. É possível e provavelmente se tornará realidade, que a Ucrânia fará o mesmo: cães desamparados da rua serão dolorosamente assassinados apenas por ruas 'limpas' e assim outros países terão uma boa impressão. Um show de música, que representa a coesão, o amor e a paz para a Europa (e, na verdade, para o mundo), não pode ser compatível com a massacre de animais desamparados, que não faziam nada além de viver nas ruas".
Nem autoridades ucranianas nem a União Europeia de Radiodifusão, dona da competição, se manifestaram sobre o documento. A Ucrânia ganhou o direito de sediar a Eurovisão depois de vencer com a cantora Jamala no ano passado na Suécia. À época, o resultado foi muito contestado porque a competidora ucraniana levou uma música que falava sobre a intervenção russa à Crimeia em 1944.