"Seria um erro trágico não aceitar a proposta da Rússia sobre o prolongamento do tratado", disse Perry em uma entrevista para o jornal Politico.
Anteriormente a Reuters havia informado que, durante a última conversa telefônica com o líder russo Vladimir Putin, Donald Trump chamou o Tratado de Redução de Armas Estratégicas "de acordo ruim para os EUA". A Casa Branca recusou comentar o assunto, dizendo que se tratou de uma conversa privada entre os líderes. Na sexta-feira (10), Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que, para continuar as negociações sobre prolongamento do tratado, é necessário atualizar as posições das partes.
Comentando as palavras de Trump, James Perry destacou que "o tratado não pressupõe o desarmamento e a verificação igual para as partes" e que este documento é mais exigente em relação à Rússia do que aos EUA.
Em 2010 a Rússia e os EUA assinaram o Tratado de Redução de Armas Estratégicas. Tendo entrado em vigor em 2011, o tratado visa reduzir as forças estratégicas (mísseis e bombardeiros com capacidade nuclear) até 700 unidades de cada parte e até 1550 ogivas nucleares cada país. O tratado foi assinado para um prazo de 10 anos.
Posteriormente, Barack Obama apresentou a proposta de reduzir as armas para mais um terço, mas Moscou recusou, se referindo ao aumento dos sistemas de defesa antimíssil dos EUA e a outros assuntos nas relações bilaterais. Mais tarde, os EUA propuseram prolongar o tratado por mais três anos, mas a chancelaria russa declarou que a proposta oficial não foi apresentada.