Bayley informou à Sputnik que "Assad alimenta o rancor e a radicalização não apenas no seu país, como também na Rússia e aqui, no Reino Unido".
Na opinião dele, os membros do Conselho de Segurança da ONU, inclusive a Rússia e o Reino Unido, têm certos pontos comuns no que diz respeito à solução da crise síria. No entanto, segundo Bayley, a questão de Assad é o maior problema.
Ao mesmo tempo o diplomata britânico frisou que a Rússia, Reino Unido, EUA, França e China gostariam de ver "uma paz sustentável na Síria", mas que não acha possível alcançá-la "enquanto Assad continuar no poder". Segundo ele, para isso será necessária uma transição política.
Bayley aponta que os resultados das negociações realizadas em Astana, no Cazaquistão, poderão servir de base para as próximas consultas que vão decorrer em Genebra, ajudando a criar um ambiente de confiança necessário para o suprimento de ajuda humanitária.
De acordo com o alto representante britânico, Londres aprecia os esforços empreendidos pela Rússia, Turquia e Irã em Astana e pede que Moscou dê mais passos para alcançar um cessar-fogo pleno na Síria.
"Cabe aos próprios sírios tomar a decisão sobre a Carta Magna do seu país", assinalou.
As negociações sírias em Genebra, sob a égide da ONU, estão programadas para o dia 20 de fevereiro.
As consultas sobre o cessar-fogo na Síria decorreram em 23 e 24 de janeiro. Na condição de mediadores do processo de paz, a Rússia, Turquia e Irã acordaram em criar um mecanismo trilateral para fazer respeitar o regime de cessar-fogo na Síria.
A Síria vive desde março de 2011 um conflito armado em que as tropas governamentais enfrentam grupos armados da oposição e de organizações terroristas como o Daesh e a Frente al-Nusra (ambas proibidas na Rússia).