"Inicialmente, o meteorito foi percebido como um pequeno corpo celeste que se movimentava rapidamente pelo céu a um ângulo não muito grande relativamente ao horizonte. O tamanho e o brilho do objeto luminoso cresceram até alcançar momento crítico do seu rumo; em seguida a luz, brilhante e deslumbrante, explodiu-se, quebrando em pedaços e deixando para trás uma cauda de fogo, enquanto se aproximava da superfície terrestre", descreve o astrônomo.
Segundo os relatos de Divari, "no momento da queda, o meteorito formou uma imagem surpreendente visto por pouquíssimos afortunados: uma bola de fogo rasgou os céus, criando um arco enorme e lançando chispas douradas ao se desintegrar em milhares de pedaços. Com um ruído parecido a um duelo de artilharia, os restos do meteorito se colidiram com a Terra, causando um pequeno tremor".
Vale destacar que esse meteorito é um dos maiores encontrados na atmosfera terrestre. Os seus pedaços se espalharam por uma área de 35 quilômetros quadrados. Eis o que o astrônomo contou:
"O meteorito que pesava 70 toneladas deixou para trás centenas de crateras de até 28 metros de diâmetro e profundidade de 6 metros, assim como milhares de pequenos fragmentos. No total, mais de 3.500 fragmentos (27 toneladas) do meteorito foram recuperados", recorda Divari.
O maior pedaço encontrado pesa 1.745 kg.
A investigação em torno da queda do meteorito de Sikhote-Alin foi concluída na década de 80. Quanto à sua composição, o meteorito é considerado metálico e consiste em ferro (93%), níquel (5,8%), cobalto (0,42%), fósforo (0,46%) e enxofre (0,28%).
No ano de 1957, passados 10 anos da queda, selos soviéticos com a imagem do meteorito de Sikhote-Alin foram lançados no país.