O assessor de segurança nacional alemão Kristof Heusgen informou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, da reunião adiada poucos dias depois de o parlamento de Israel ter aprovado a "Lei de Regularização", segundo Haaretz, embora as eleições alemãs sejam apenas daqui a quatro meses e meio. O texto regulariza assentamentos em terrenos privados na Cisjordânia, manobra condenada pelo Conselho de Segurança da ONU.
O presidente israelense, Reuven Rivlin, também denunciou a decisão, dizendo que Israel poderia ser "visto como um estado em apartheid" após o resultado da votação que regularizou os assentamentos.
"A soberania sobre os estados precisa acontecer coletivamente, para todos os seus cidadãos… Não pode ser que em uma área da terra estes sejam códigos separados de lei para israelenses e não-israelenses", disse Rivlin.
Logo depois da aprovação da Lei de Regularização, membros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) condenaram a decisão e a classificaram como uma forma de "legalizar o roubo", apontando que "a empresa de assentamentos israelenses nega a paz e a possibilidade da solução de dois Estados", e que "o governo israelense vai destruir todas as chances de uma solução política" do conflito.
O porta-voz da organização anti-colonização "Peace Now", Anat Ben Nun. disse à Al Jazeera que "esta lei fará do roubo uma política israelense oficial ao legalizar retroativamente a construção ilegal em terras privadas".
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha condenou a decisão dizendo: "muitos na Alemanha, que apoiam Israel e sentem um grande compromisso em relação ao país, ficam profundamente desapontados com essa mudança", e que "nossa confiança no compromisso do governo israelense com a solução de dois estados tem sido fundamentalmente abalada", segundo Haaretz.