"Nós já recebemos vários pedidos de cidadãos russos que querem viajar. Duas pessoas expressaram a vontade firme de voar e estão esperando os primeiros exames médicos", afirmou Pushkov.
Para garantir a segurança e o bem-estar dos turistas, estes só poderão voar depois de passar um programa de preparação de três dias e exames médicos.
O primeiro passo, destaca Pushkov, será a comissão médica para perceber se a pessoa pode aguentar o voo espacial. Depois, durante a preparação no cosmódromo serão realizadas consultas finais.
"Para estas fins serão chamados especialistas na área da medicina espacial, que darão as recomendações para os voos. Ninguém deixará voar uma pessoa que tenha contraindicações. Por isso, estamos interessados em testes objetivos e independentes", frisou o diretor da KosmoKurs.
Destaca-se também que ainda não foi aprovado o contato de seguro, mas, conforme o exemplo dos Estados Unidos, a legislação de seguros deverá ter cláusulas sobre voos espaciais. A legislação norte-americana pressupõe que o turista assine um contrato, não podendo (ele ou seus familiares) se queixarem em caso de danos físicos o de morte.
O cosmódromo a partir de qual será lançada a primeira espaçonave ainda não foi escolhida. Estão sendo considerados o Kapustin Yar (no sul da Rússia) ou o Baikonur. A infraestrutura terrestre, além do base do lançamento, exige um complexo técnico, área da aterrissagem e hotéis para turistas e centros de preparação.
O turista espacial poderá realizar um voo de 15 minutos com um grupo de 6 pessoas. Depois de nave alcançar a altitude de cerca de 100 km sobre a Terra cada turista passará 5-6 minutos em situação de imponderabilidade.
Falando da atividade da SpaceX e das últimas falhas durante o lançamento, o diretor da KosmoKurs indicou as causas principais dos fracassos enfrentados pela companhia.
"Os danos principais da SpaceX foram provocados pelo esquema de aterrissagem muito dura. Há outra companhia americana, a Blue Origin, que usa um esquema mais suave, para o qual estamos nos orientando", explicou Pavel Pushkin, frisando que a colaboração entre a KosmoKurs e várias empresas estrangeiras é muito provável.