De acordo com a Funai, parte das toras foram extraídas ilegalmente em território brasileiro, na Terra Indígena Vale do Javari, a segunda maior do país, com 8,5 milhões de hectares.
Segundo o superintendente do Ibama no Amazonas, Geandro Pantoja, a ação faz parte da Operação Javari, que tem como objetivo combater e coibir o tráfico de biodiversidade na tríplice fronteira Brasil, Colômbia e Peru. Na região, o tráfico de madeira e de peixes ornamentais é recorrente.
"O Ibama realiza frequentemente operações integradas de fiscalização com as Forças Armadas e outras instituições parceiras nessa área, que é estratégica para a proteção da biodiversidade. A reabertura da unidade técnica de Tabatinga vai intensificar a presença do Instituto na região", disse o superintendente.
Entre as madeiras transportadas ilegalmente pelo peruano foi encontrado o cedro, que está listado no apêndice III da Convenção Internacional sobre Comércio de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora (Cites). Portanto, é necessária a licença especial para entrada ou saída da madeira do país. As toras apreendidas, vão ficar sob a guarda do Exército, em Benjamin Constant, até serem doadas.