Agentes secretos em Júpiter: por que CIA contratou parapsicólogo lendário?

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Os arquivos recém-publicados da CIA, que contêm cerca de 13 milhões de páginas de documentos desclassificados, sugerem, além do monitoramento de aparições de Óvnis, no início dos anos 70, que agentes de inteligência americanos, com ajuda do lendário parapsicólogo Ingo Swann, tentaram descobrir o que estava acontecendo no planeta Júpiter.

Projeto Stargate era o nome de código da unidade secreta do exército dos EUA, fundada em 1978 em Fort Meade, estado de Maryland, pela Agência de Inteligência de Defesa (DIA, na sigla em inglês) e SRI International (subcontratada da Califórnia) para investigar o potencial de fenômenos paranormais em ações de inteligência interna e militar.

Ingo Douglas Swann era o homem por trás do projeto Stargate. Ele era um alegado parapsicólogo, artista e autor conhecido por ser o cocriador, juntamente com Russell Targ e Harold Puthoff, da "visão remota".

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Ingo Swann

A ideia de controle de visualização remota era um processo no qual os visualizadores poderiam ver um local determinado sem ter nada além de suas coordenadas geográficas, e foi desenvolvido e testado por Puthoff e Targ, com financiamento da CIA.

O documento de 13 páginas recém-publicado no site oficial da CIA conta sobre uma dessas sessões com Swann em que ele supostamente transferiu sua consciência para o planeta Júpiter.

O experimento era controlado por Harold Puthoff e, de acordo com o relato, durante o experimento Swann, usando o poder de seu pensamento visitou o planeta distante. O experimento é datado de 27 de abril de 1973.

De acordo com Swann, no espaço à direita da sala ele conseguia ver Júpiter, localizado a muitos milhões de quilômetros de distância.

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Sonda parapsicológica experimental no planeta Júpiter - Sputnik Brasil
Sonda parapsicológica experimental no planeta Júpiter

Ele podia ver como ele estava brilhando com uma luz ofuscante. Ele podia olhar para ele de todas as direções de seu olhar mental. No início, tudo era visto em miniatura e, em seguida, tudo de repente se expandiu.

"Essas visões estão dentro de mim e, em seguida, do lado de fora. Há um tom amarelado no espaço e se veem objetos escuros através dele. Será que são outras luas de cores ou densidades contrastantes? Me parece que há 17, algumas ainda desconhecidas dos cientistas da Terra, muito mais perto de Júpiter e também surge o sentimento que alguns deles têm sido e estão sendo gerado pela ação conclusiva e vulcânica no interior…", disse Swann, de acordo com o documento.

O parapsicólogo também "viu" anéis ao redor de Júpiter, mas ele disse que eles não eram tão perceptíveis como os de Saturno.

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Mais tarde, em 1979, a sonda espacial Voyager confirmou a existência dos Anéis de Júpiter, contudo, a hipótese de sua existência foi apresentada pelo astrônomo soviético Sergei Vsekhsvyatsky na década de 1960.

Talvez tenha sido Swann quem forneceu à CIA informações sobre antigas civilizações em Marte.

O projeto Stargate foi lançado em 1970, depois de a CIA descoberto que a União Soviética estaria gastando até 60 milhões de rublos por ano para pesquisa em psicotrônica.

Esta conclusão foi feita pela CIA com base em um livro publicado por dois jornalistas do Canadá, Sheila Ostrander e Lynn Schroeder, que visitaram a União Soviética no início da década de 1970. Os autores continuam até hoje publicando livros sobre parapsicologia.

Depois de quase três décadas, a CIA concluiu que o programa Stargate não deu resultados tangíveis e seus líderes foram suspeitos de ajuste de dados em vários experimentos aos seus objetivos.

Mais tarde, se tornou público que Harold Puthoff, que, de acordo com suas próprias declarações, também tinha a habilidade de "visão remota", a obteve depois de alcançar o mais alto nível de iluminação na classificação da Igreja da Cientologia.

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Outro membro desta igreja é Ingo Swann, que, por sua cooperação com a Cientologia, foi expulso da Associação Americana de Parapsicólogos (ASPR) em 1972.

Alguns especialistas em inteligência argumentaram que as ações de Puthoff e Swann faziam parte da chamada "Operação Branca de Neve" da Igreja da Cientologia, que visava introduzir 5.000 agentes em uma variedade de agências governamentais, incluindo nas fileiras das Forças Armadas dos EUA.

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