Uma série de transações imobiliárias realizadas por não residentes seria cancelada devido às preocupações de segurança nacional, anunciou o Ministério da Defesa finlandês. Esta ação é consequência do relatório de inteligência do ano passado, segundo o qual, estrangeiros, especialmente russos, estariam comprando imóveis em áreas "estratégicas" para posteriormente usá-los em uma situação de potencial crise.
O relatório da agência de inteligência finlandesa (Supo) avisou sobre o risco de um Estado estrangeiro — Rússia — estar usando terrenos comprados na Finlândia para dificultar as ligações de transporte ou até mesmo para acomodar soldados russos.
"A Rússia planeja fortalecer seu status de superpotência e demonstra seu objetivo de estabelecer um regime de segurança baseado na esfera de influência", disse o relatório.
Além disso, o governo finlandês também prometeu aumentar suas despesas militares anuais de 2,4 bilhões de euros (US$ 2,6 bilhões) com 55 milhões de euros (US$ 59 milhões). Helsinque também planeja aumentar suas despesas militares anuais para mais de 150 milhões de euros (US$ 160 milhões) a partir de 2021.
O ministro da Defesa, Jussi Niinisto, também prometeu intensificar a cooperação na área de defesa com a UE, OTAN e Estados Unidos e, claro, com a vizinha Suécia, com quem "uma autodefesa coletiva" poderia ser estabelecida.
Em tempos pacíficos, Finlândia dispõe de tropas permanentes de 16.000 soldados. Atualmente, suas forças armadas podem mobilizar mais de 200 mil soldados e pessoal de serviço dentro de quatro semanas, sendo as maiores da Escandinávia.
A Finlândia partilha uma fronteira de 1.270 quilômetros com a Rússia e, junto com a Suécia, continua a ser o único país nórdico não-alinhado.
Making the cold and harsh climate conditions your ally at the Cold Weather Operations Basic Course. #JPR #I19 @US_SOCEUR @MarForEUR_AF pic.twitter.com/YB402oCkXy
— Maavoimat (@Maavoimat) 12 de janeiro de 2017