"Os cientistas dos séculos 19 e 20 coletaram um grande número de dados que indicam que a Nova Zelândia representa uma parte da crusta terrestre. Alguns deles até consideraram que isso permite destacar a Nova Zelândia e toda a zona submarina que a rodeia como um continente separado. Analisámos todos os dados e provámos que a Zelândia existe", escreveram os cientistas do Instituto da Geologia e Física Nuclear de Dunedin, Nova Zelândia.
Por muito tempo, os cientistas pensavam que a Nova Zelândia seria parte da placa Australiana – que integrava o supercontinente Gondwana que se separou da Índia e Antárctica cerca de 100 milhões de anos atrás. Nesse caso, a Nova Zelândia servia de fronteira entre as placas Australiana e Pacífica.
Entretanto, Nick Mortimer e seus colegas opinam que, de fato, a Nova Zelândia é o que resta de outra placa, compatível com a Australiana, que se afundou no passado distante.
A teoria se baseia no fato de que o sedimento da crusta terrestre ao redor da Nova Zelândia é claramente diferente das rochas da placa Australiana. Além disso, a idade das rochas zelandesas é muito antiga – cerca de 2,7 bilhões de anos. O importante é que a espessura da crusta e a estrutura das rochas dos últimos 84 milhões de anos difere notavelmente do subsolo australiano.
A razão de a Zelândia se ter afundado foi a pequena espessura da sua crusta por causa da tensão tectônica se ter reduzido. Consequentemente, a Zelândia "deslizou" pouco a pouco para o fundo marítimo.