O vice-chefe do Comitê de Defesa da Câmera dos Deputados tcheca, Aleksandr Cerny, comentou à Sputnik República Tcheca como devem atuar os países europeus perante esta situação.
Entretanto, entre 10 e 15 países da OTAN não conseguiram alcançar este nível, inclusive a República Tcheca. Na opinião de Cerny, afinal das contas, seu país não terá que alcançar estes 2%.
"Por quê? Porque conseguiremos este nível somente no ano 2025. Não obstante, a situação internacional vai melhorar muito mais depressa. Estou falando da normalização das relações entre os EUA e a Rússia, e provavelmente mesmo das relações entre Washington e Pequim", especificou.
Para os tchecos, é mais que suficiente a parcela que o país dedica à defesa hoje em dia, e que supera 1% do PIB, opina Cerny. O deputado também adiantou que, com a passagem do tempo, é possível que os gastos militares do país até diminuam.
"Necessitará a Europa da OTAN neste cenário ou talvez lhe baste seu próprio exército, do qual se fala tanto?", se pergunta ele.
Segundo ele explicou, sem os Estados Unidos a Aliança Atlântica perderia seu significado e, caso Washington e Ottawa decidam sair da OTAN, é muito provável que surja um organismo militar conjunto da Europa. Porém, seria outro tipo de aliança com "ambições diferentes", observou Cerny.
Cerny concluiu que o fortalecimento do exército alemão não ameaça Praga e assinalou que a República Tcheca realiza manobras em colaboração com outros países europeus.