De acordo com ele, as negociações com a parte iraniana se encontram em fase avançada e a Rostec espera que as turbinas sejam instaladas até o fim do ano corrente.
"Estamos passando por problemas com turbinas alemãs e de outros países europeus cujas exportações para a Crimeia foram banidas. Estamos agora em uma fase final das negociações e esperamos que, ao contornarmos as sanções adicionais por parte dos EUA e da Europa, sejamos capazes de instalar estas turbinas antes do fim do ano", explicou.
Embora o Irã ainda não tenha reconhecido a reunificação da Crimeia com a Rússia, o país está disposto a juntar esforços com Moscou e garantir um abastecimento energético livre dessa península no mar Negro.
"Quando o Irã se tornou vítima de sanções ocidentais, a Rússia lhe estendeu sua mão em apoio. O Irã está agora devolvendo o favor e espera que isto ajude a Rússia a lidar com os problemas em questão", assegurou.
O especialista mencionou que Teerã e Moscou têm dado uma atenção especial às trocas na área tecnológica e em muitas outras, adiantando que o Irã tem mantido a prioridade de negócios com a Rússia e que o acordo para fornecer turbinas à Crimeia dá continuidade a uma cooperação de longa data e reciprocamente benéfica entre os dois países.
"Por enquanto, não estamos abordando a questão do reconhecimento da Crimeia, mas acreditamos que, no final do dia, este contrato poderia servir de base para um diálogo ulterior em relação a este assunto", adiantou Shoeib Bahman.
Neste ano, a empresa russa Tekhnopromexport deve inaugurar duas centrais termelétricas de ciclo combinado nas cidades de Sevastopol e Simferopol, o que deve solucionar o problema de abastecimento energético da Crimeia, que foi privada do fornecimento efetuado pela Ucrânia.