Em relação a isso, o chanceler russo Sergei Lavrov realçou que "em seu texto [do decreto] está escrito preto no branco que nesta questão nós nos guiamos por razões exclusivamente humanitárias", e que o documento estará em vigor "até que sejam cumpridos os acordos de Minsk".
Entretanto, em uma entrevista ao jornal russo Kommersant, Filippo Grande afirmou:
"Por um lado, é importante que as pessoas tenham documentos. Por outro, não se pode dar passos que obstaculizem o processo de Minsk. Eu não estou dizendo que este seja um passo desse tipo — por favor, me entendam de modo correto. Mas é preciso lembrar que o objetivo principal é conseguir a regularização."
Ao mesmo tempo, ele recordou os chamados passaportes Nansen, documentos que a Liga das Nações concedia no século XX às pessoas sem documentos e aos apátridas.
Kiev continua sem reconhecer a RPD e a RPL, considerando os respectivos territórios como ocupados. Em abril de 2014, as autoridades ucranianas começaram uma operação militar contra as autoproclamadas da RPD e RPL. Segundo os dados mais recentes da ONU, o conflito causou mais de 10 mil vítimas.