"Se um dia o Quirguistão disser que fortaleceu suas Forças Armadas de forma a essa já não fazer falta, nós sairemos nesse mesmo dia", disse Putin.
Ele explicou que a Rússia não tem qualquer necessidade de manter um contingente militar no Quirguistão. A base russa é necessária para garantir a segurança do próprio Quirguistão, mas, gradualmente, o país vai desenvolver e reforçar as suas próprias Forças Armadas.
"Nós não discutimos a questão do aumento do contingente militar. Se o Quirguistão considerar necessário fazê-lo, nessa altura discutiremos, mas tenham em conta para nós isso também representa despesas adicionais", acrescentou o líder russo.
"Naquele tempo, quando o Quirguistão enfrentou um ataque de terroristas internacionais, que cruzaram a fronteira vindos do Afeganistão, a liderança atual do Quirguistão me pediu pessoalmente para instalar urgentemente um contingente militar, especialmente aviação, a fim de se poder combater eficazmente a ameaça terrorista", disse Putin.
No território do Quirguistão está localizada uma base militar unificada russa. Ela consiste de quatro instalações: o aeródromo de Forças Coletivas de Reação Rápida da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) em Kant, a base naval de testes no lago Issyk-Kul, um centro de comunicações no povoado de Chaldovar e posto sísmico autônomo na cidade de Mailuu-Suu.
O estatuto da base militar é determinado pelo acordo de 2012, que entrou em vigor no final de janeiro de 2017. O aluguer de terrenos e áreas aquáticas vai custar à Rússia 4,5 milhões de dólares (cerca de 14 milhões de reais) por ano. O acordo sobre a presença militar russa no Quirguistão será válido durante os próximos 15 anos e, em seguida, será automaticamente renovado a cada cinco anos, a menos que as partes se notifiquem mutuamente da intenção de rescindir o acordo com base recíproca ou unilateralmente.