De acordo com o relatório, estes países, sobretudo os do continente africano, enfrentam escassez de alimentos principalmente devido a condições meteorológicas severas.
"A FAO estima que 37 países, incluindo 28 na África, precisam de assistência externa para alimentação", afirmou a FAO em seu relatório, intitulado "Perspectivas de Colheitas e Situação Alimentar", especificando que os conflitos e os choques relacionados à meteorologia foram a principal razão para Insegurança alimentar nos estados.
As situações no norte da Nigéria, na Somália, no Sudão do Sul e no Iêmen causam graves preocupações, já que mais de 20 milhões de pessoas estão sujeitas a insegurança alimentar, observou a FAO.
O relatório da FAO indicou que a produção global de trigo em 2017 deverá estar acima da média e que a produção da África Austral provavelmente se recuperará de baixos rendimentos, entretanto, 13 dos 37 estados que sofrem de insegurança alimentar vivem uma ampla falta de acesso ao abastecimento alimentar.
O número total de africanos que necessitam de ajuda humanitária atingiu um recorde de 23,6 milhões de pessoas, o que representa cerca de 2,5 milhões de pessoas, em comparação com os resultados do ano anterior.
Em 20 de fevereiro, o Escritório Nacional de Estatística do Sudão do Sul anunciou sofrer com a fome e a grave escassez de alimentos em algumas regiões do estado. Três agências da ONU — a FAO, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Programa Alimentar Mundial (WFP) — alertaram em uma coletiva de imprensa que as vidas de cerca de 100.000 pessoas no sul do Sudão estavam ameaçadas devido à fome.
Após o anúncio, o Reino Unido decidiu fornecer pacotes de apoio humanitário à Somália, ao Sudão do Sul, ao Nordeste da Nigéria e ao Iêmen.