Segundo relato da delação divulgado na última quinta-feira, o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou que construtora repassou dinheiro por meio de caixa 2 para abastecer campanhas de políticos do PSDB, e que Aécio Neves teria pedido 15 milhões de reais no final do primeiro turno da campanha eleitoral de 2014.
"Parte do noticiário de hoje sobre os depoimentos da Odebrecht serve de sinal de alerta. Ao invés de dar ênfase à afirmação feita por Marcelo Odebrecht, de que as doações à campanha presidencial de Aécio Neves, em 2014, foram feitas oficialmente, publicou-se a partir de outro depoimento que o senador teria pedido doações de caixa dois para aliados", diz FHC.
O ex-presidente afirmou que o senador "não fez tal pedido" e "o depoente não fez tal declaração em seu depoimento ao TSE".
Odebrecht entrega Aécio e diz que deu 15 milhões pro tucano https://t.co/dQEJnvlB5U
— Nilo Junior (@Nomdt) 4 de março de 2017
"Ademais, independentemente do noticiário de hoje tratar como iguais situações diferentes, não é o caminho para se conhecer a realidade e poder mudá-la", diz a nota.
"A desmoralização de pessoas a partir de 'verdades alternativas' é injusta e não serve ao país. Confunde tudo e todos", acrescenta.
Cardoso afirmou também que "a palavra de um delator não é prova em si, apenas um indício que requer comprovação".
O valor mencionado por Marcelo Odebrecht coincide com a planilha da da construtora apreendida pela Lava Jato que revela um repasse de 15 milhões de reais de propina para Aécio Neves, apelidado na planilha de "mineirinho'.